terça-feira, 11 de janeiro de 2011

não, eu não vou tentar vender nada nesse post

Eu adoro ler textos de amor. Daqueles que, enquanto a narrativa corre, o ar fica tão denso que você consegue pegar. Qualquer tipo de amor, pode ser romântico ou não. Mas poucas coisas são tão agradáveis de ler quanto uma descrição de amor. Já ver, não gosto muito... Quando eu leio, pode ser aquele pé na bunda homérico, mas fica melhor. Agora, assistir pé na bunda é demais, é uma vergolha alheia, constrangedor.
Por exemplo, nesse sábado passou "Terapia do Amor" (haha) e no final (SPOILER ALERT), os dois não ficam juntos. E não é assim: ó vamos terminar, pronto. Fica no vai e vém o filme todo, aí aparece o letreito: um ano depois, o rapaz ta saindo de um restaurante, volta por ter esquecido o chapéu. Ele a vê ali, sai fugido, volta de novo, desembaça o vidro e fica ali dando uma stalkeada. Ela olha, vê, dá um sorrisinho besta (Uma Thurman, você tão linda e foda, com aquela cara de merda?) que ele retribui e pronto, THE END. Quer dizer... se fosse num livro, a coisa teria ficado adorable. No filme... argh.
E eu lendo 'Orgulho & Preconceito' de novo, só esperando por aquelas páginas da declaração do Fitzwilliam e da Elizabeth. Quer dizer, eu mal acabei de ler e li de novo, só para ter aquele calorzin no coração, e me identificar em alguns trechos, concordar com alguns jeitos de amar, e discordar de outras visões. Talvez porque as personagens são apenas personagens, não tem um rosto de um ator atrás, então no meio do livro eu não parei pra pensar em Kill Bill, ou melhor no caso, em Domino ou PdC. Lizzy era só ela, Sr. Darcy só ele.
E você sente as descrições das mudanças de expressão, de cafonas 'borboletas no estômago' e 'tambores martelando os ouvidos', cafonice que pinta um cenário preciso, bom de imaginar... mil vezes mais poderosas que muitas interpretações por aí. É só você, sua imaginação, e a história de amor, sem ninguém para interpretar por você =P

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