quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

sobre o ódio

Bom, eu sou uma pessoa que sente muito ódio. Aquela raiva primitiva, que me escapa ao controle sim, por minha própria fraqueza. Mas eu sinto, infelizmente faz parte de mim. Muitas vezes eu consigo me controlar, raciocinar, engolir seco e nem demonstrar que na verdade estou completamente possuída. Não é sempre assim. Às vezes eu deixo escapar um palavrão, um soco na mesa, ou então eu atiro algo do outro lado da sala. Geralmente eu tento jogar algo inofensivo. É, eu sei que é ridículo, não precisa dizer. Entretanto a raiva está para o ser humano assim como qualquer outro sentimento. Existem pessoas que tem uma melhor compreensão do que lhes acontece, mesmo que não entendam (oi?). E é por isso que eu fico tão louca da vida. Detesto não entender o que acontece comigo, porque estou sempre me gabando de que "sei de tudo". Minha intuição caminha comigo de um jeito que só fui percebê-la agora. Sério. Até alguns dias achava que não tinha intuição nenhuma. Só então que fui notar que a intuição é algo tão forte e inerente a mim, que eu achava que não tinha. Em tempo: não adivinho nada, nem tenho altas sacadas geniais, acho que todos vão concordar que sou uma perfeita pamonha 99% do tempo. Não tenho feeling, sabe. Na verdade eu sou bem sem noção. Perdidinha. O que não me impede de saber porque alguém fez aquilo, mesmo que aparente ser por qualquer outro motivo. Mas eu digredi...
O que quero dizer é que ontem foi um dia estressante, porque quando as coisas dão errado, é às pencas (vou deixar com crase, mesmo). Aí vem neguin me enchendo a ruela, o trabalho daquele jeito (se bem que atualmente é a coisa que mais vem dando certo), aquela TPM sem trégua, aí tenho que ir na faculdade com esse calor, em época de matrícula de calouro, resolver penino que nem deveria ter acontecido, pegar aquelas filas olímpicas... Sério, fila olímpica é pegar a senha 160 e o placarzinho mostrar a 104, e são quase 7 horas da noite. Digredi de novo...
Daí, morrendo de fome, de vontade de fazer xixi, chego no apartamento e nem por Osíris eu conseguia achar minha chave. Sabe o que é sentar no chao, tirar tudo da bolsa, chacoalhar tudo para ouvir barulho de chave, pq você tem que sair correndo e carregar o bilhete único, e simplesmente A PORRA DA CHAVE SUMIU? Aí você liga para sua mãe (que fica te ligando, mesmo sabendo que você está na RUA e não vai atender o celular no meio dos mendigos - sério, no meio dos mendigos, não é engraçado), e depois de UM ANO atende, mesmo que só faça 15 minutos da última vez que ela te ligou, e fica com aquela voz de jacaré "calma, q q cê tem? calma calma calm" CALMA É O CACETE MINHA AMIGA. Puta que pariu, odeio que me peçam calma. Se to nervosa é porque não dá para ficar calma. Deixa eu ficar nervosa EM PAZ. haah.
Aí é inevitável que uma trouxa como eu faça a fatídica pergunta: "por que isso está acontecendo comigo? por que???!!" E a falta de resposta, essa sim me deixa louca da vida. Porque se tiver algum motivo, do tipo "você é uma trouxa, aceite", bem capaz que eu cale a boca e siga em frente. Agora as pessoas e o universo serem babacas sem motivo aparente é algo que me tira profundamente do sério.
Ou seja, aqui fica minha reflexão, mais profunda: foda-se.

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